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A matéria de hoje, na verdade, é uma entrevista com a vice-reitora da minha faculdade (UERJ), Cristina Maioli. Tal pauta foi realizada depois de muitas tentativas em parceria com o colega de estágio Vitor Straliotto e editada por Isabella Paschuini.

ENTREVISTA: Cristina Maioli (vice-reitora da Uerj) e Mônica da Costa Heilbron (sub-reitora de pós-graduação e pesquisa)
Vice-reitora diz que a universidade possui grande potencial para desenvolvimento de pesquisas em pós-graduação e para maior articulação junto à sociedade. “Sem pesquisa não se faz ensino de qualidade, seja na graduação ou na pós-graduação”, declara.
Monique Andrade e Vitor Straliotto

Em entrevista exclusiva para a Agenc, Cristina Maioli, vice-reitora da Uerj, fala sobre o que considera a agenda de incentivo da nova administração para o desenvolvimento de pesquisas dentro da universidade. “Um dos primeiros atos da nova direção foi a reorganização da estrutura da Uerj, em especial da Sub-Reitoria de Pós-Graduação, com o objetivo de fortalecê-la, além da criação de uma secretaria em todas as unidades acadêmicas, que tenham cursos aprovados pelo CNPq ou pelo Capes, para tratar e apoiar os programas de pesquisa da graduação e pós-graduação”, diz e acrescenta: “nossa equipe acredita que somente com a renovação destes quadros e aceleração dos processos burocráticos poderemos levar adiante nossas pesquisas”.

Segundo Maioli, os órgãos de fomento e empresas privadas que investem na Uerj são fundamentais ao desenvolvimento interno da produção científica: “tais órgãos já disponibilizaram, somente este ano, mais de 20 milhões de reais em verbas para nossas pesquisas. É fato que no ano passado houve cortes em nossa renda, mas vale ressaltar que as pesquisas são essencialmente patrocinadas por instituições como o CNPq, e não somente pela Uerj. Com respostas eficazes aos editais, somos capazes de atrair ainda mais recursos dos fomentadores”, explica.

Para Cristina Maioli, uma das formas de atrair novos investimentos para a faculdade “é aumentar as notas dos programas de pesquisas, já que vários são considerados não muito satisfatórios por possuírem notas entre 3 e 4, obtidas em avaliações feitas por órgãos de fomento”. A respeito dos investimentos destinados aos programas, a sub-reitora de pós-graduação e pesquisa, Mônica da Costa Heilbron, afirma: “os investimentos serão destinados de acordo com as notas obtidas pelos cursos, pois os que possuem um desempenho melhor, ou seja, possuem notas entre 5 e 6, demandam um grau de investimento diferenciado em relação aos que estão começando. Neste sentido, está havendo a criação de programas para cada um dos níveis conquistados”.

Cristina considera que as pesquisas abrem oportunidades para maior interação entre o meio universitário e a população. “Até porque são aspectos complementares: o desenvolvimento de pesquisas em muitas áreas permite maior contato com a sociedade”, diz, referindo-se à função social do desenvolvimento científico. A vice-reitora esclarece que é papel da própria universidade assumir uma postura socializada diante da população carioca e das diversas empresas que atuam no Rio. Seriam exemplos desta postura, segundo ela, a ativação de projetos dentro do pólo petroquímico de Duque de Caxias, para atender à demanda do mercado, assim como de projetos de indústria têxtil, especialmente em Nova Friburgo, devido às fábricas. Também é considerado o envolvimento da Uerj com projetos de saúde , como o Telessaúde Brasil, do Governo Federal. Ela afirma que a atual administração busca parceiros internos que se interessem pelos projetos e externos que financiem seus planos. Tais parceiros, segundo Cristina, estão sendo captados na esfera pública federal, através dos ministérios da Ciência e Tecnologia, da Educação e Cultura e da Saúde, e na esfera estadual, por meio da Faperj, onde a universidade concorre a bolsas de pesquisa com vários projetos. “A Uerj está aberta a qualquer forma de investimento, seja público ou privado, e não há problemas em uma empresa particular investir dinheiro na instituição, desde que respeite os valores da faculdade”.

Mônica Heilbron explica a linha de ação da sub-reitoria de pós-graduação e pesquisa: “em nossos primeiros meses de direção, priorizamos a reorganização das secretarias de pós-graduação e a oferta de novas vagas, através de concursos. Nossa meta é atrair profissionais de alto nível para o desenvolvimento das pesquisas. Além disso, consideramos de vital interesse para a universidade a organização de secretarias capazes de atender às necessidades de cada curso”. A sub-reitora diz que diversos grupos multidisciplinares estão sendo criados para aproximar os pesquisadores, tornando seus projetos mais competitivos no mercado. Mônica salienta também a importância da criação de eixos temáticos para as pesquisas. Segundo ela, “os eixos temáticos representam grandes preocupações da coletividade, e as pesquisas devem trazer melhorias para a mesma da forma mais concreta possível. Os principais são: energias, saúde e ciências sociais, e todos estão muito presentes nas discussões de nossa sociedade”.

Sobre as aspirações da reitoria para o segundo semestre, Mônica Heilbron afirma: “estão previstos o início das obras do restaurante universitário, a princípio no campus Maracanã e depois nos demais, o aumento das bolsas ofertadas aos alunos dos projetos científicos, e a entrada de novos professores na universidade, contudo não há prazos definidos”.

Obs: O aumento das bolsas aos alunos já foi realizado.

CRÉDITOS: AGENC

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