Relembrando para evitar novos casos.


Há matérias que não devem ser esquecidas e esta é uma delas. Já que estamos diante de uma campanha de vacinação contra a rubéola - todos devem se vacinar até o dia 12 de setembro - resolvi postar uma matéria que executei durante o surto de dengue que assolou a população carioca a poucos meses atrás. Fui uma das vítimas do Aedes Aegypti e de acordo com os especialistas, em 2008, a doença atingirá ainda mais cariocas. Por isso, devemos tomar todos os cuidados necessários para combater o mosquito e por favor se vacinar o mais rápido possível contra a rubéola. Todo cuidado com a nossa saúde é pouco!

E não se esquecem que estamos em pleno ano eleitoral, por isso tente relembrar qual foi a atitude do cara que está batendo a sua porta na época da epidemia. Isso pode ajudar a escolher melhor o seu representante nos próximos quatro anos.

Área metropolitana do Rio tem um cinturão do vírus 2 da dengue

“É preciso mudar a saúde do Rio, estruturando uma rede que crie vínculos entre o médico e a população”, afirmou o Ministro de Saúde, José Gomes Temporão.

Monique Andrade

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro reuniu, sexta feira (04/04/2008), no teatro Odylo Costa Filho, membros de diversas modalidades na busca de medidas no combate a dengue. O Reitor da Instituição Ricardo Vieralves disse que o objetivo central do evento era minimizar a situação de dengue na cidade do Rio de Janeiro. “A Universidade tem esse papel social de unir o poder público à população na tentativa de solucionar o problema”, comentou. De fato, o Comitê abordou diversos temas referentes à doença desde a campanha preventiva que vem sendo divulgada pela mídia até as realizações dos governos municipal, estadual e federal.

O evento contou com a presença do Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que confirmou a gravidade da situação carioca e pediu maior participação popular no combate ao mosquito Aedes Aegypti. “Essa doença tem uma ampla relação estrutural de moradia, distribuição de água regular e consciência ambiental. Por isso, devemos aumentar o grau de informação da sociedade através de igrejas, escolas, faculdades, associação de moradores que realizem reuniões e debates”, afirmou.

O Ministro esclareceu ainda os perigos do uso excessivo do paracetamol contra os sintomas da dengue e fez um apelo à população para que aos primeiros sinais da doença recorra ao hospital mais próximo. “É o momento de informar à população da importância de procurar o médico e não fazer auto-medicação” alegou.

O Superintendente de Vigilância em Saúde do Estado do Rio de Janeiro, Victor Berbara, explanou sobre os perigos da má distribuição de água e coleta inadequada do lixo, fatos que aumentam a incidência de criadouros do mosquito. O superintendente fez também um alerta de que a área metropolitana tem, no momento, um cinturão do vírus tipo 2.

Ao longo do evento, com o auxílio de gráficos sobre a situação carioca, foi possível para o Superintendente mostrar o aumento das internações em 2008 comparadas a 2007, sendo mais de 60% delas de crianças em período escolar e o número de mortes registradas até sexta feira, que chegava a 44 só na cidade do Rio, de um total de 57.000 casos notificados.

Diante disto, Berbara, apontou as medidas adotadas pelo Estado no combate à doença, como a movimentação de profissionais de saúde do nível central para a assistência, a capacitação de profissionais na rede pública e privada, a contratação de 27 leitos de UTI, a solicitação de pediatras de outros estados, a abertura de centros de hidratação, a intensificação das campanhas de doação de sangue, a abertura de 529 leitos de enfermaria e o esclarecimento de que as tendas não foram criadas apenas para diminuir as filas, mas sim porque foi necessário locais especializados em hidratação das crianças doentes.

Segundo a coordenadora do escritório da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) do Rio de Janeiro, Luciana Phebo, todas as medidas no combate a dengue são válidas, já que passamos por uma epidemia em que a maioria dos atingidos são crianças. “Nesse sentido, estamos apoiando o governo brasileiro a enfrentar a epidemia da dengue, através das secretarias Municipal e de Estado de Saúde”, disse. A coordenadora afirmou também que a atuação da entidade junto às crianças está sendo planejada através de um projeto em parceria com o cartunista e ilustrador Maurício de Souza, utilizando a personagem da Mônica em uma cartilha que será distribuída pelas escolas, contendo material informativo e métodos de prevenção como a utilização de repelentes e calças compridas.

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