Penso logo...existo?

Semanalmente, sou “convidada” pelo meu professor de filosofia, Ricardo César, a digamos.... Pensar! Isso mesmo, Pensar! Da forma mais limpa, clara e objetiva possível o que sempre gera uma enorme confusão em nossas pobres cabeças. Sei que pode parecer engraçado, mas vivemos em um mundo onde pensar tornou-se coisa rara, quase em extinção, já que a vida nos impõe desde pequenos a necessidade de apenas reagir de uma forma pré-estabelecida aos estímulos que nos são dados. Por exemplo: se vai a uma entrevista de emprego e/ou estágio comporta-se, vesti-se e fala, exatamente, aquilo que é esperado de você sem mais nem menos.

Tudo para que o examinador tenha a sua melhor imagem, mesmo que esta não seja você, ou que seja apenas uns 10% da sua realidade. Sei que Goffman afirmava que o homem possui vários personas dentro de si e os utiliza de acordo com a ocasião, mas anular o pensamento para não desagradar ao chefe e, nesse sentido, evitar o confronto acaba por nos tornar menos racionais, menos pensantes. Sendo descaradamente sincera, às vezes, ouço meu professor falando sobre Platão, Aristóles, Nietzsche, Sócrates... E fico questionando se em algum momento da minha existência conseguirei analisar o mundo e as coisas que nele existem da mesma forma. Sim porque eu olho para uma cadeira e vejo uma cadeira, mas eles vêm um mundo de possibilidades, uma imensidão de potências que eclodem em um ato ou pura e simplesmente chegam a conclusão de que a cadeira não existe e o que existe é a idéia de cadeira, mas a idéia é um ato e o ato é algo realizado... Melhor parar por aqui...E depois dizem que filosofia não serve para nada, pois sim!

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