Agora é Oficial: A greve chegou ao fim

Matéria extraída do site jbonline :

"Após 67 dias, acaba greve na Uerj
Jornal do Brasil

RIO - Depois de 67 dias de greve, professores e funcionários do Colégio de Aplicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (CAp-UERJ) e da UERJ decidiram voltar às aulas na próxima segunda-feira. O fim da greve foi resolvido durante uma assembléia realizada na tarde desta quinta em um auditório da Uerj, no Maracanã. Os professores aceitaram a garantia de deputados estaduais, na maioria da Comissão de Educação, de que votariam o plano de carreira da categoria na próxima terça-feira.

– Uma comissão de professores se reuniu com deputados. Eles disseram que aprovariam o plano impreterivelmente na terça-feira – informou uma assessora da Associação de Docentes da Uerj.

Os professores alegam ter entrado em greve por um reajuste salarial de 74% e pela aprovação de um plano de carreira. Um dos líderes do movimento, o professor de francês do CAp-Uerj Décio Rocha, diz que o conselho universitário encaminhou um texto para o governo do estado com as propostas para o plano. Segundo o professor, o projeto deveria ter sido enviado para a Assembléia Legislativa pelo governo, que não o fez alegando inconstitucionalidade.

– O último reajuste que tivemos foi em abril de 2001. Quanto ao plano de carreira, ninguém nos disse qual era o item inconstitucional. Em outubro, foi publicado no Diário Oficial um plano de carreira que não reconhecemos. Ou rejeitávamos ou aceitávamos. Decidimos aceitar, mas para propormos emendas ao documento depois – disse Rocha, acrescentando que os deputados concordaram com suas principais reivindicações: inclusão do regime de dedicação exclusiva (o professor leciona e pesquisa em apenas uma universidade), a isonomia entre as categorias, a diminuição do prazo em que o reajuste seria feito e o estabelecimento de quatro níveis de carreira para cada categoria. Segundo a assessoria da Associação de Docentes da UERJ, os reajustes ficam entre 28% (professor auxiliar) e 40% (professor adjunto).

As semanas de greve irritaram alguns pais de alunos, que cogitaram em entrar com um mandado de segurança contra a Uerj, caso seus filhos continuassem sem aulas. O secretário de ciência e tecnologia não foi localizado por sua assessoria para comentar o fim da greve."

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