Vida corrida!
“Oh que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais...”
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais...”
Bendita a poesia de Casimiro de Abreu que na inocência descreve com maestria a infância. Como é gostosa essa fase da vida, onde todas as suas preocupações se restringem a aprender a soma e dividir. Sempre somando alegrias e dividindo apenas o último pedaço daquele bolo que só mamãe sabe fazer.
Quando me recordo dessa fase áurea da minha vida vem uma saudade tão grande... Era tudo tão divertido e eu podia me dedicar ao ato mais gostoso do dia: ver o pôr do sol, a lua surgindo devagarzinho no céu, as primeiras estrelas sempre acompanhadas de um pedido. Hoje, no entanto, a rotina de estágio-faculdade me rouba esse prazer, pois acordo, já me arrumando para o trabalho, passo à tarde em uma sala de janelas escondidas por persianas acinzentadas, onde não tenho noção se chove ou faz sol. Cumpro meu expediente até as 16 horas e corro para a Uerj, pois ainda preciso recuperar as energias em um lanche rápido. As aulas se concentram das 18h às 22h15min e quando terminam o cansaço já tomou conta de mim e lá volto eu rumo para casa, melhor, para a cama quente e confortável.
Dia desses quando chegava próximo da meia-noite, minha mãe me disse “Olha que lua linda!”. Confesso que o cansaço me impediu de contemplá-la por mais de 5 segundos. Ah! Que saudade dos tempos de criança....
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