Obra Minha:Tema... África


Nesta terça-feira, decidi postar uma matéria que executei sobre um Seminário realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) no mês de abril. Apesar de já estarmos em agosto existe certas pautas que ultrapassam a barreira do tempo e devem ser lidas diariamente.

Seminário aborda a situação da África do Sul pós-Nelson Mandela
“A população africana está marginalizada pela economia”, afirma membro da University of the Western.
Monique Andrade

O Seminário Internacional Pós-Neoliberalismo, Movimentos Sociais e Desenvolvimento realizado no teatro Odylo Costa, filho da Uerj exibiu no dia 10 de abril palestra de tema “Estados, novos modelos de desenvolvimento e pós-neoliberalismo”. Para tratar de tal tema, o evento contou com a presença dos palestrantes John Williams da University of the Western, Cape Town da África do Sul, Carlos Medeiros da UFRJ e do coordenador Anton Allahar da University of Western Ontário do Canadá.

Para iniciar as palestras, Jonh Williams abordou a questão da África do Sul pós-Nelson Mandela afirmando que pouco foi feito até o presente momento pelos negros sul-africanos. Ele mencionou ainda que a África do Sul, assim como todos os países africanos, tem problemas estruturais relativos à falta de saneamento básico, desemprego, fome, distribuição desigual de renda e contaminação pelo vírus HIV.

Segundo seus dados 75 mil crianças morrem vítimas da AIDS antes de completarem cinco anos de vida, sendo este um dos grandes problemas do país. “O presidente da África do Sul nega a existência da epidemia”, comentou. O que agrava a situação de uma população que vive abaixo da linha da miséria e não possui hospitais públicos capazes de atendê-la.

John apontou outro problema da África do Sul que com o término do governo de Mandela criou uma elite negra o que reduziu a participação da população nas eleições, especialmente entre os jovens. De acordo com ele, o país apresenta uma sociedade altamente desigual, principalmente em relação aos negros e o direito do voto não significa uma vida melhor para estes.

Em seguida, o professor da UFRJ, Carlos Medeiros falou sobre o desenvolvimento econômico da China destacando os principais desafios do governo chinês para manter o crescimento econômico: diminuir as assimetrias regionais e sociais, ampliar sua influência no Sudeste Asiático, aumentar as reservas de matéria-prima e energia e modernizar suas forças armadas.

Atualmente, um problema enfrentado pelo governo é manter a população no meio rural tendo para isto que levar o desenvolvimento para o interior impedindo a migração. Ao abordar a enorme quantidade de mão-de-obra disponível na China, Medeiros a classificou como “barata, disciplinada e qualificada” o que explicada o baixo preço dos produtos chineses no mercado mundial.

O coordenador do evento Anton Allahar discutiu o conceito de ideologia definindo a mesma como “um sistema de crenças e idéias”, enumerando algumas que, segundo ele, tentam explicar o porquê de alguns países serem desenvolvidos e outros não. As teorias escolhidas por Anton, explicam o fato baseadas em condições geográficas, clima, excedente populacional ou o fato dos países desenvolvidos impedirem que os subdesenvolvidos cresçam. Contudo, ele fez questão de lembrar que 99% dos países subdesenvolvidos são capitalistas e que mesmo os países desenvolvidos possuem problemas sociais.

CRÉDITOS: AGENC

2 comentários:

Ao encontro da verdade disse...

Gostei muito do seu blog... parabens.

Tamyres Matos disse...

Hein... O nome do teatro tá engraçado no texto... rsrsrsrs
Perece que o Odylo Costa é filho da Uerj!!! hahahahaha
mas ta corretíssimo