Revisão no Espaço-Tempo de Ney Matogrosso


Segunda-feira, e resolvo testar algo novo no blog. O que? De forma autoral decidi nomear o segundo dia da semana como da “Revisão no Espaço-Tempo”.
O que isso significa? Que segunda-feira é o dia em que lhes apresento um pouco da trajetória de um astro da música, cinema ou TV.

E para começar escolhi... Ney Matogrosso...

Nome oficial, Ney de Sousa Pereira, muito comum não lhes parece? Nome artístico: Ney Matogrosso, muitíssimo melhor. Nascido em 1 de agosto de 1941 na cidadezinha de Bela Vista, Mato Grosso do Sul, encantou o Brasil e porque não dizer o mundo com seu jeito irreverente.

Filho de militar teve uma infância solitária – gostava de se esconder no mato com os cachorros – e cigana, graças às transferências paternas. Alistou-se aos 17 anos na Aeronáutica, sem saber o que faria da vida. Suas certezas se resumiam ao gosto pelo teatro e a música. Acabou, ironicamente, em um laboratório de anatomia patológica no Hospital de Base de Brasília.

Sua vida só tomou rumo artístico em 1966 quando chegou ao Rio de Janeiro, tornou-se hippie e decidiu investir na carreira de ator. Por meio de uma amiga, conheceu João Ricardo que na ocasião procurava um cantor de voz aguda para um conjunto musical. O nome do grupo? Secos & Molhados. Nascia então, em 1971, Ney Matogrosso.

No grupo ficou apenas 4 anos e já partiu para a carreira solo com o disco Água do Céu – Pássaro e em plena Ditadura Militar causou alvoroço com a capa do disco em que aparecia pintado, vestido com pêlo de macaco, chifres e pulseiras de dente de boi. Em um show de 1976, novamente escandalizou com sua performance e a música “Bandido’, composta por Rita Lee.

Ney Matogrosso colecionou entre as décadas de 70 e 80 ameaças militares e sucessos, como: "Homem com H", "Vida, Vida", "Pro dia nascer Feliz", "Vereda Tropical", "Amor Objeto", "Seu tipo", "Por debaixo dos panos", "Promessas demais", entre outros. Fez história e influenciou uma geração inteira com sua ousadia e coreografias eróticas. Contudo, como um camaleão ambulante tirou a maquiagem, vestiu um terno e conquistou público novo em 1987, com o LP “Pescador de Pérolas”. Já na década de 90, abriu seu leque músical regravando músicas de Ângela Maria, Chico Buarque e Cartola. Atualmente, está nos palcos com o show “Inclassificáveis” que tem previsão de correr o Brasil.

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